Catherine Hardwicke não deve ter se recuperado por não ter dirigido outros filmes da saga Crepúsculo além do primeiro porque este seu novo longa é praticamente uma cópia da plástica e do estilo que a série consagrou. A primeira semelhança está no visual de A Garota da Capa Vermelha, que radicaliza a opção pelo fake, com cenários de estúdio e muito cromaqui, efeitos visuais de segunda linha e excesso de câmera lenta.
Hardwicke já foi uma diretora melhor, mas aqui parece ter se escondido por trás de uma fórmula para atrair adolescentes interessados em ação e tensão sexual. Ambas existem de sobra no filme, mas da forma mais pasteurizada possível. O triângulo amoroso de Crepúsculo ganha uma reprise frágil. Para se ter uma ideia, o longa de estreia da saga era bem melhor. Essa nova versão de Chapeuzinho Vermelho reproduz as tentativas de transformar ficção em realidade, como Rei Arthur e Robin Hood. Como nos dois casos, não dá muito certo.
Bons atores como Gary Oldman e Julie Christie servem para chamar atenção, mas eles são conduzidos ao exagero e suas partipações, que deveriam ser um bônus, viram muito um mico. Chegar até o final deste filme foi complicado.
A Garota da Capa Vermelha
[Red Riding Hood, Catherine Hardwicke, 2011]
concordo, foi doloroso chegar ao final, só não sai da sala do cinema pq fui em dia de sábado que a entrada é mais cara -.-”